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Artistas independentes são 53% nas paradas de sucesso do streaming, revela pesquisa da ABMI

ESTUDO TRAZ DADOS DE PLATAFORMAS DIGITAIS, AVALIA TENDÊNCIAS E IDENTIFICA DESAFIOS PARA O SETOR

 

DESTAQUES:

  • 53,5% dos artistas que frequentaram o TOP 200 do Spotify são independentes
  • 15% da receita das empresas pesquisadas vem de fora do Brasil
  • 50% das receitas vêm do ambiente digital
  • O Amazon Prime Music já passou a Deezer em número de assinantes e perde para o Spotify, que detém 61% dos assinantes
  • 89% dos entrevistados estão otimistas em relação ao futuro
  • As distribuidoras tiveram efeitos econômicos positivos em função da pandemia

 

A Associação Brasileira da Música Independente (ABMI) acaba de apresentar os resultados da Pesquisa do Mercado Brasileiro da Música Independente, que mapeia um setor em franca expansão. As principais informações foram apresentadas ao vivo no evento online GiRo Digital ABMI, nesta quinta-feira, 15 de outubro. Os dados foram coletados em duas frentes: uma avaliação dos dados das principais plataformas de streaming referentes a 2019 e parte de 2020 e entrevistas em profundidade com 60 empresas – 50 associadas e 10 não-associadas convidadas – entre editoras, produtoras de evento, produtoras audiovisuais e estúdios.

 

“Estamos felizes em poder compartilhar os resultados da nossa pesquisa, que revela dados importantes para entendermos melhor a dinâmica do mercado. Assim, podemos ser mais eficazes ao orientar os profissionais da indústria. Os independentes estão ganhando cada vez mais espaço e entram na disputa pelo topo das paradas de sucesso. A democratização proporcionada pelas plataformas digitais de áudio tem sido muito benéfica para produtores e artistas independentes”, afirma Carlos Mills, Presidente da ABMI.

 

Os resultados apontam que 50% do faturamento das empresas pesquisadas vêm das plataformas digitais. “Ou seja, elas são fundamentais para entendermos a dinâmica da música independente, as oportunidades que se abrem a partir da nova onda de digitalização do ambiente e os desafios que vamos enfrentar. Especialmente agora num momento pós-pandêmico em que o consumo da música digital se ampliou para um patamar que deve se manter muito alto,” aposta Leo Morel, Coordenador da pesquisa.

 

A análise identificou que gravadoras, distribuidoras e MEIs enfrentam desafios distintos no momento atual. Para as gravadoras, é preciso focar na adaptação ao mercado cada vez mais digital. Já as distribuidoras digitais – que mediam a relação entre artistas e plataformas – devem focar os esforços na ampliação e manutenção do catálogo e na atualização constante dos cadastros. Já os microempreendedores individuais devem se concentrar em viabilizar a geração de renda ampliando as formas de entrada dos recursos.

 

Os resultados da pesquisa sobre as plataformas de streaming apontam, entre outras informações, a impressionante participação de artistas independentes no TOP 200 do Spotify ao longo de 2019: 53,5%. O número levantado pela ABMI inclui artistas ligados a gravadoras e selos independentes, além de auto-produzidos, com base na Propriedade do Fonograma e não dos canais de distribuição.

 

“Durante a realização do estudo, focamos em entender as necessidades do mercado para poder trazer dados que nos façam compreender melhor o setor da música independente e que nos ajudem a enxergá-lo com mais clareza. A partir de tudo o que extraímos, evidenciamos a clara expansão dos independentes e detectamos os possíveis desafios que as empresas podem enfrentar”, completa Morel.

 

Ainda de acordo com a ABMI, a Amazon Music já é o segundo serviço de streaming com maior número de assinantes no Brasil. A plataforma possui 12% de participação de mercado, ficando atrás apenas do Spotify, que detém 61% dos assinantes. A Deezer vem em terceiro lugar, com 9%.

 

A pesquisa completa será disponibilizada nos próximos dias. O estudo foi realizado em duas frentes. As empresas internacionais Chartmetric e Counterpoint foram responsáveis pelo levantamento de dados quantitativos. E a brasileira LV Pesquisa realizou a pesquisa junto às empresas. A iniciativa tem o apoio da WIN e do MERLIN.

 

Sobre a ABMI

 

Fundada em 2002, a Associação Brasileira da Música Independente é uma entidade sem fins lucrativos, que atua como a voz das empresas brasileiras no mercado fonográfico. Com o objetivo de promover maior a integração do mercado brasileiro ao mercado mundial de música gravada, sua missão é organizar, capacitar e desenvolver os produtores de conteúdo criativo musical, possibilitando melhores resultados financeiros, oportunidades de negócios e o seu contínuo aprimoramento. A ABMI tem assento na WIN – Worldwide Independent Network – associação mundial de gravadoras e associações independentes, com mais de 800 associados em todo o mundo. Além da WIN, a ABMI participa ativamente da MERLIN, que vem se revelando o mais importante articulador de negócios da música em ambientes digitais em todo o mundo. A instituição é a maior e mais importante articuladora política do setor, tendo comandado o movimento de imunidade tributária da música brasileira através da PEC 123/2011, mais conhecida como a PEC da Música. Além disso, a ABMI trabalha para reduzir o déficit de inclusão digital de seus representados e para criar a estrutura necessária para recolher e administrar os novos direitos sobre licenças decorrentes de usos digitais para as gravadoras e artistas nacionais. Os benefícios da gestão coletiva da ABMI serão percebidos inicialmente por seus associados e, na sequência, estendidos ao setor como um todo, contribuindo assim para a sua organização, consolidação e fortalecimento comercial.

Novo Sistema de Gestão de Dados da Indústria da Música Entra em Operação (RDx)

Sistema permite que gravadoras troquem dados com entidades de gestão coletiva em todo o mundo por meio de um hub único e centralizado.

14 de outubro de 2020 – Trabalhando em conjunto em nome da indústria fonográfica global, WIN e IFPI anunciaram hoje que seu serviço de troca de dados de repertório global (RDx) está plenamente operacional, intercambiando dados entre gravadoras e entidades de gestão coletiva.

Quando uma música é executada em locais de frequência coletiva, o licenciamento e o recolhimento dos direitos são feitos por empresas de gestão coletiva (Music Licensing Companies – MLCs, sigla em inglês). As taxas de licença para o uso destas gravações são distribuídas aos titulares de direitos através das entidades de gestão coletiva, que usam como referência bancos de dados  com informações sobre estes direitos. O RDx visa trazer maior simplicidade, através de um padrão mais eficiente para a troca de dados entre os detentores dos direitos e as entidades de gestão coletiva em todo o mundo.

O RDx simplifica o processo de manipulação de dados, oferecendo aos titulares de todos os portes (e de qualquer país) um único ponto de registro para fornecer seus dados de repertório em um formato padronizado (DDEX RDR) que pode ser acessado de forma rápida e fácil pelas entidades de gestão coletiva participantes. Isso ajudará a aumentar a velocidade de processamento, e a melhorar a precisão e a eficiência na distribuição das receitas e a detecção de conflitos.

Após uma solicitação de propostas em 2018 e um processo seletivo robusto, a PPL UK foi selecionada para desenvolver e operar os sistemas de tecnologia que sustentam o RDx. Com a conclusão do projeto 12 meses após a contratação, o RDx foi lançado dentro do prazo e do orçamento – e agora está no ar e trocando dados entre as partes participantes.

Muitas gravadoras líderes, incluindo Beggars Group, Sony Music, state51 Music Group, Universal Music Group e Warner Music Group juntaram-se à RDx para carregar seus dados de repertório. GRAMEX Finland (Finlândia), PPL (Reino Unido), Re: Sound (Canada) e SENA (Holanda) são as primeiras entidades de gestão coletiva a receber os dados. Elas estão substituindo seus feeds antigos pelo novo sistema. Novas Gravadoras e novas MLCs vão aderir à RDx nos próximos meses. Até o momento, mais de um milhão de dados de repertório foram trocadas entre gravadoras e empresas de licenciamento de música.

Frances Moore, presidente-executivo da IFPI: “As empresas musicais priorizaram o desenvolvimento e o investimento em sistemas para que os dados musicais sejam gerenciados e divulgados com precisão. Agora disponível e disponível em todo o mundo, o RDx contribuirá significativamente para esse objetivo.  O acréscimo de mais e mais gravadoras e MLCs proporcionará maior eficiência operacional e redução de custos para os detentores de direitos musicais, ao mesmo tempo em que permitirá que os MLCs utilizem dados de repertório oficiais de um único ponto – aumentando ainda mais a velocidade de distribuição da receita.”

Charlie Phillips, Diretor de Operações da WIN: “RDx é uma ferramenta que pode simplificar substancialmente a entrega pelas gravadoras independentes de seu repertório para empresas de licenciamento de música em todo o mundo. A WIN há muito defende os benefícios de um ‘único ponto de entrada global’ para dados de direitos de execução pública, disponível para todos os titulares de direitos e MLCs. A joint venture 50/50 entre WIN e IFPI alcançou esse objetivo.”

Peter Leathem, CEO da PPL: “Estamos muito satisfeitos por termos sido selecionados pela IFPI e pela WIN para fornecer RDx, e estamos orgulhosos por termos sido capazes de lançar um serviço tão inovador e transformador dentro do prazo e do orçamento. Como um usuário de RDx, PPL já começa a ver os benefícios da padronização e qualidade aprimoradas de dados de repertório, e a automação e eficiência que o RDx permite. ”

Otis Quinn, CTO da Re: Sound: “Re: Sound faz parte da equipe do projeto RDx desde o início devido à importância central dos dados para o que fazemos. Dados confiáveis trazem transparência e precisão e nos permitem pagar aos titulares de direitos de forma mais eficiente. O volume de dados com que lidamos cresceu exponencialmente e as gravações canadenses são usadas em todo o mundo. RDx é uma parte fundamental do ecossistema de dados para nós e para os outros.”

Sobre IFPI

IFPI é a organização que promove os interesses da indústria fonográfica internacional em todo o mundo. Seus membros incluem cerca de 1.300 grandes empresas em quase 60 países. Também possui grupos industriais afiliados em 56 países. A missão da IFPI é promover o valor da música gravada, fazer campanha pelos direitos dos produtores musicais e expandir o uso comercial da música gravada em todos os mercados onde seus membros operam.

Sobre WIN

A Worldwide Independent Network existe para apoiar a comunidade global de organizações independentes de comércio de música. Foi fundada em 2006 em resposta aos problemas comerciais, criativos e de acesso ao mercado enfrentados por independentes em todo o mundo. Seus membros abrangem todos os continentes, com associações comerciais em todos os mercados musicais bem estabelecidos assumindo um papel particularmente ativo, incluindo ABMI (Brasil), A2IM (EUA), AIR (Austrália), CIMA (Canadá), IMCJ (Japão), IMICHILE (Chile), IMNZ (Nova Zelândia), LIAK (Coréia do Sul) e IMPALA representando associações na Europa.

Sobre a ABMI

Fundada em 2002, a Associação Brasileira da Música Independente é uma entidade sem fins lucrativos que atua como a voz das empresas brasileiras no mercado fonográfico. A ABMI tem como missão organizar, capacitar e desenvolver os produtores de conteúdo criativo musical, promovendo melhores resultados financeiros, oportunidades de negócios e o seu contínuo aprimoramento.

Associados ABMI no Latin Grammy

A ABMI parabeniza e comemora junto aos nossos parceiros e associados com álbuns indicados ao Latin Grammy 2020!

Melhor Álbum Instrumental

CARTOGRAFIAS, de Caetano Brasil
[Caetano Brasi (dist. Tratore)]

Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa

LITTLE ELECTRIC CHICKEN HEART, de Ana Frango Elétrico
[Risco/Tratore]

Melhor Álbum de Samba/Pagode

MANGUEIRA – A MENINA DOS MEUS OLHOS, deMaria Bethânia
[Quitanda / Biscoito Fino]

SAMBA JAZZ DE RAIZ, CLÁUDIO JORGE 70, de Cláudio Jorge
[Mills Records]

FAZENDO SAMBA, de Moacyr Luz e Samba do Trabalhador
[Biscoito Fino]

Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa

ACASO CASA AO VIVO, de Mariene De Castro e Almério
[Biscoito Fino]

Rio Music Market 2020 levanta temas de interesse do mercado

A Conferência de Música internacional Rio Music Market (RMK) que acontecerá em dezembro de 2020 no Rio de Janeiro vai para a sua 8ª edição. Para montar a grade de programação, os organizadores consultaram os participantes do evento de anos anteriores. A Conferência tem por tradição uma forte programação de workshops e painéis, com a colaboração dos mais renomados profissionais do Brasil e do exterior.

Depois de um mês de consulta, alguns dados interessantes foram mapeados. Os dois assuntos que mais despertaram o interesse dos participantes foram ferramentas de Marketing Digital e caminhos alternativos para a Distribuição Digital Direta. A ABMI já vinha oferecendo capacitação na área de Marketing Digital através do projeto GiRo Digital ABMI; essa área será reforçada durante o RMK2020. Já o assunto Distribuição Digital Direta vai ganhar um módulo específico.

Entre os tópicos mais mencionados espontaneamente, destacam-se: monetização de lives, gestão de carreiras e oportunidades para novos artistas. Outros temas que atraíram a atenção dos profissionais foram: novas tecnologias aplicadas à música (AI, blockchain, big data), aspectos jurídicos ligados à música e sincronização.

Para acessar a pesquisa completa, siga este link.

Sobre a ABMI

Fundada em 2002, a Associação Brasileira da Música Independente é uma entidade sem fins lucrativos que atua como a voz das empresas brasileiras no mercado fonográfico. A ABMI tem como missão organizar, capacitar e desenvolver os produtores de conteúdo criativo musical, promovendo melhores resultados financeiros, oportunidades de negócios e o seu contínuo aprimoramento.

ABMI Inicia Pesquisa para Mapear o Setor da Música Independente

A Associação Brasileira da Música Independente inicia esta semana pesquisa de mercado para mapear o setor da música independente brasileira. Alguns eixos da pesquisa são:

  • Participação da música independente no market share nacional;
  • Censo com todos os associados da ABMI;
  • Estudos de caso;
  • Indicadores: empregos gerados, estilos musicais trabalhados, quantidade anual de lançamentos, diversidade de gênero;
  • Efeitos da pandemia;
  • Tendências do mercado.

“_Estamos muito felizes em anunciar esta iniciativa pioneira. Pesquisas de mercado são fundamentais para traçar metas, identificar tendências e orientar políticas públicas. Pela primeira vez desde a criação da ABMI teremos um panorama completo e abrangente do mercado da música gravada independente brasileira.” anuncia Carlos Mills, presidente da ABMI.

A pesquisa será coordenada pelo músico, economista e pesquisador Léo Morel e contará com a participação das empresas Chartmetric e LV Pesquisa. A iniciativa tem o apoio da WIN e da Merlin.

Os associados da ABMI serão contactados pelo Diretor Executivo Sérgio Mendonça já a partir desta semana para o agendamento das entrevistas.

Sobre a ABMI

Fundada em 2002, a Associação Brasileira da Música Independente é uma entidade sem fins lucrativos que atua como a voz das empresas brasileiras no mercado fonográfico. A ABMI tem como missão organizar, capacitar e desenvolver os produtores de conteúdo criativo musical, promovendo melhores resultados financeiros, oportunidades de negócios e o seu contínuo aprimoramento.

“O Value Gap no Setor da Música é Injusto”, afirma o Copyright Office Americano

O Copyright Office, órgão do governo americano que regulamenta os direitos autorais nas plataformas digitais, publicou um estudo em maio de 2020  afirmando que o chamado “Safe Harbor” é injusto na forma como está hoje implementado.  Safe Harbor (ou Porto Seguro, em tradução livre) é o tratamento diferenciado dado a plataformas que usam conteúdos subidos pelos usuários (UGC, User-generated Content), como o YouTube por exemplo. Diferentemente do que acontece em plataformas onde o conteúdo é disponibilizado pelos titulares diretamente (como Stotify, Apple Music e Deezer, entre outros), as plataformas UGC conseguem condições de licenciamento mais favoráveis. A consequência direta é uma redução nos valores remuneração pagos aos titulares, por cada utilização da obra, a percentuais que variam entre 50% e 1.000% de acordo com estudos da ABMI. O estudo da ABMI também apurou que, se as chamadas plataformas UGC pagassem com base nos valores médios de mercado, o faturamento da indústria no ano de 2018 teria sido pelo menos 30% maior, dado o grande volume de conteúdo que transita por estes meios. O nome dado a esta diferença de pagamento a menor é “Value Gap” (Abismo de Valores).

Em seu estudo, o Copyright Office aponta áreas em que “o Congresso pode considerar uma legislação para reconstruir o equilíbrio original entre os titulares e os provedores de serviços on-line.” Um pronunciamento conjunto do setor sobre o relatório recém-publicado, incluindo RIAA, NMPA, A2IM, SONA, SoundExchange e MAC afirma que “_Como este relatório deixa claro, o sistema atual está quebrado – especialmente quando se trata das chamadas UGC. Para prosperarem, as plataformas devem se tornar participantes responsáveis no ecossistema musical.”

Já a entidade The Artists Rights Alliance, que representa artistas, disse que “_ Simplificando o “jurisdiquês”, este relatório descreve uma verdade nua e crua: os monopólios da tecnologia estão falhando com artistas, compositores e fãs de música. E eles não poderiam estar se importando menos … Se pudéssemos obter decência comum dos gigantes do Vale do Silício, poderíamos encontrar soluções para muitas dessas questões sem alterações na lei. Os Comitês Judiciários solicitaram este relatório e agora devem pressionar as empresas de tecnologia a encontrar essas soluções e insistir para que os criadores independentes estejam sentados à mesa. Se isso falhar, o Congresso deve agir.”

Efeitos da COVID 19 na Execução Pública para Produtores Independentes

Covid-19: pontos a serem considerados sobre execução pública para detentores de direitos internacionais independentes.

O grupo de trabalho sobre Direitos de Execução da WIN se reuniu em abril para analisar o impacto global no setor de direitos de execução pública.

Abaixo estão os pontos-chave para que todas as associações e suas empresas associadas estejam cientes, uma vez que os efeitos da crise são significativos e amplos.

Este documento será atualizado em resposta ao feedback de associações e empresas reunidas nas próximas semanas e meses.

1. Execução Pública

• As receitas de execução pública serão reduzidas pelo menos durante o período de medidas preventivas, no mínimo. Isso terá impacto na maioria dos países e na maioria dos selos.

• Além do fechamento temporário de casas de show e espaços de música ao vivo em geral, a maioria dos eventos musicais únicos (por exemplo, festivais) foram cancelados até o final do ano.

• Provavelmente passarão muitos meses após a suspensão das medidas de isolamento para que as receitas de execução pública retornem aos níveis pré-crise.

2. Rádio E TV

• A transmissão comercial será afetada pela diminuição nos gastos com publicidade, em resposta à redução dos gastos / recessão.

• A transmissão dos veículos públicos pode ter efeitos menos imediatos, mas pode ser afetada a longo prazo se o financiamento do governo diminuir à medida que a recessão prossiga.

3. Taxas de cópia privada (não existe no Brasil)

As receitas de cobrança de cópias privadas serão afetadas. Haverá uma queda nas vendas de operadoras durante qualquer período de recessão, reduzindo as receitas coletadas em prazos imprevisíveis.

Representantes comerciais também serão afetados ao longo do tempo, por exemplo, a queda repentina nas vendas físicas terá um efeito significativo quando as entidades de gestão coletiva incluírem vendas físicas em seus cálculos.

4. Questões práticas e contexto

• As receitas de execução pública no período afetado sofrerão uma redução significativa, talvez em torno de 30% a 50%.

• Os prazos neste setor são longos: os pagamentos atuais são para períodos de uso anteriores e mais “normais” – os pagamentos para os períodos afetados não fluirão para os titulares dos direitos até que os ciclos de distribuição ocorram nos próximos meses.

• Os efeitos podem, portanto, não ser visíveis no curto prazo, e serão necessárias várias distribuições futuras para poder avaliar o impacto.

• Provavelmente levará até 24 meses para que todo o efeito da crise seja conhecido. Isso pode não significar que as coisas retornarão aos níveis pré-crise durante esse período. Se os usuários comerciais fecharem ou falirem, o retorno aos níveis pré-crise levará anos.

• Diferentes países estão adotando medidas diferentes, portanto os tempos e os efeitos serão diferentes de país para país.

• Diferentes medidas estão sendo implementadas por diferentes Associações de Gestão Coletiva. Por exemplo, os créditos podem ser emitidos por licenças pagas, mas não usadas. Da mesma forma, as entidades de gestão coletiva poderão oferecer extensões para usuários que pagaram, mas que suspenderam seu uso.

• Será muito prever o efeito dos usuários que falirem completamente e até que ponto não haverá pagamentos renovados no futuro.

• Os custos administrativos nas Entidades de Gestão Coletiva provavelmente aumentarão para acomodar o trabalho adicional necessário para lidar com os efeitos da crise.

• Nos casos em que as Entidades de Gestão Coletiva estão em parceria com sociedades de autores ou terceiros, deve-se esperar um impacto, potencialmente em relação a taxas, níveis de serviço e, finalmente, uma queda nas receitas recebidas.

• Questões relacionadas à reciprocidade legal entre países podem receber mais atenção durante esse período.

• É possível que os Entidades de Gestão Coletiva busquem ampliar o apoio aos membros locais de outras maneiras (por exemplo, fundos culturais, subsídios etc.), o que pode ter um impacto negativo sobre os titulares de direitos não locais. Note-se que alguns independentes podem se beneficiar disso, o que pode ser útil.

5. Pontos específicos para selos e detentores de direitos

• Os detentores de direitos precisam estar cientes de que os adiantamentos dos fundos existentes podem ajudar no curto prazo, mas estenderão o período durante o qual receitas deprimidas estarão disponíveis. Somente em casos raros as iniciativas foram implementadas pelas sociedades de cobrança para alocar recursos além do que seria devido aos titulares de direitos em circunstâncias normais.

• Ao receber um adiantamento, os titulares de direitos devem ser muito claros com base no cálculo e nos períodos levados em consideração pelo adiantamento. No caso de montantes muito adiantados estarem sujeitos a recuperação, a recuperação atrasará ainda mais o retorno aos níveis de receita pré-crise.

• Os detentores de direitos para os quais as receitas de execução pública compõem uma proporção significativa das receitas precisam agir agora para garantir que possam lidar com problemas de fluxo de caixa quando chegarem. Isso pode ser escalonado por um longo período de tempo, para abranger vários cronogramas de distribuição diferentes em diferentes países.

• Os detentores de direitos devem verificar as datas das distribuições anteriores das Entidades de Gestão Coletiva e planejar quedas na receita em momentos equivalentes nos próximos anos

• Os detentores de direitos cujos negócios dependem de vários fluxos de receita, como físico, ativo, merchant e sincronização, verão essas receitas declinarem. Todas essas atividades foram afetadas à sua maneira pela crise e, embora seja geralmente benéfico ter um mix de fluxos de receita, será problemático quando várias forem afetadas simultaneamente como resultado da natureza ampla e sem precedentes da crise.

• Os detentores de direitos para os quais as receitas de streaming e digital não são suficientes para apoiar seus negócios serão particularmente afetados pelo efeito combinado de receitas em queda do desempenho e outras receitas. A Europa Central e Oriental provavelmente seria um exemplo disso.

• As empresas devem analisar cuidadosamente seu planejamento financeiro para os próximos 12 meses e além, com o objetivo de gerenciar o fluxo de caixa. Isso é especialmente importante para empresas cujos pagamentos de execução pública representam uma proporção significativa de sua receita total, mas que ainda não viram nenhum impacto imediato da crise nesta fase inicial (abril de 2020).

• Essas empresas podem precisar conversar com seus bancos e / ou investidores para implementar medidas adequadas para gerenciar quedas significativas na receita, que podem permanecer por um longo período enquanto as receitas do setor se recuperam.

• Quando um detentor de direitos usa um agente ou parceiro para coletar receitas ou gerenciar essa área de outras maneiras, eles devem entrar em contato com seus parceiros para determinar exatamente qual será o impacto em suas receitas.

6. Pontos a serem observados pelas associações e titulares de direitos

• O setor independente internacional precisa estar ciente das várias forças complexas em jogo nesta parte da indústria e ser avisado de que o impacto no setor de direitos de execução não será imediato, mas será duradouro.

• Este documento será distribuído a todas as associações vinculadas à WIN e à IMPALA. Os destinatários devem revisar e tomar nota de quaisquer pontos relevantes para eles. Mais importante, eles devem passar o documento para os selos membros, para ajudá-los a planejar com antecedência.

• A WIN entrará em contato com as associações para verificar as reações e o feedback dos selos associados. Este documento será atualizado em conformidade.

• WIN e IMPALA estão apoiando associações na avaliação de que ajuda pode estar disponível nas Entidades de Gestão Coletiva.

• Ambas as entidades também estão apoiando esforços para incentivar as emissoras de TV e Rádio a reproduzirem mais conteúdo local.

7. Outras Questões relacionadas

• Estamos cientes de um caso em que uma Entidade de Gestão Coletiva tentou licenciar músicas gravadas usadas em “execução públicas” em plataformas digitaisinterativas. Nas plataformas de mídia social também são plataformas de música (por exemplo, Facebook, YouTube), existe um conflito óbvio de licenciamento.

• No entanto, as associações devem perguntar às Entidades de Gestão Coletiva locais quais medidas estão em vigor para licenciar execuções públicas que estão sendo transferidas para serviços de videoconferência (por exemplo, Zoom, Instagram ouFacetime). Nesse caso, a exploração passa por execução / comunicação pública para o público de maneira nãointerativa. Essas atividades podem ser licenciadas coletivamente, sujeitas aos métodos usuais em vigor para monitorar o uso, adotar regras de distribuição justas e transparentes, etc.

WIN, Abril de 2020

Worldwide Independent Network Ltd

co/WeWork, 30 Stamford Street, South Bank, London SE1 9LQ | Company no: 10058358 VAT no: 241667112

www.winformusic.org

ABMI Anuncia Plano para Amenizar os Efeitos Econômicos Causados pela COVID-19

A fim de amenizar os efeitos econômico-financeiros causados pela COVID-19, a Associação Brasileira de Música Independente – ABMI anuncia um auxílio emergencial para os Microempreendedores Individuais (MEIs). O auxílio será destinado a produtores de conteúdo criativo musical enquadrados como MEI.

_ “Ficamos felizes em aprovar com a nossa diretoria esse auxílio emergencial num momento tão delicado para o país e para a cultura em particular”, diz Carlos Mills, Presidente da ABMI. “É muito  importante a colaboração da sociedade civil organizada para combater os efeitos da crise, mas a atuação coordenada dos governos é imprescindível, em todos os níveis: Federal, Estadual e Municipal. Esperamos que nosso auxílio possa ajudar na subsistência daqueles MEIs da área cultural que tiveram suas receitas totalmente interrompidas nestas últimas semanas.”

A ABMI propõe ações em outras frentes neste artigo.

As empresas selecionadas receberão durante três meses um aporte no valor de R$ 300,00/mês, além da isenção da mensalidade da ABMI durante seis meses. Neste período, e enquanto continuar associado, o novo membro terá direito a todos os benefícios da associação.

Se você é Microempreendedor Individual e ainda não é Associado à ABMI, as inscrições podem ser feitas por esta página, entre os dias 13 e 17 de abril de 2020.

Poderão participar empreendedores enquadradas na descrição abaixo. 

“ASSOCIADOS MEI: Pessoas jurídicas sediadas no território nacional e controladas por brasileiros ou estrangeiros domiciliados no Brasil, que sejam produtoras, cessionárias ou concessionárias de pelo menos um fonograma que contenha(m) obras musicais ou litero-musicais e que por difundirem, distribuírem e/ou comercializarem por si ou por terceiros tais fonogramas possam assim ser considerados “produtores”, “selos” ou “gravadoras independentes”, enquadrando-se na classificação tributária de MEI (Microempreendedor Individual).”

Os contemplados com o auxílio de 3 parcelas de R$ 300,00 e isenção de 6 meses de mensalidade serão divulgados no dia 20/04/2020.

Sobre a ABMI

Fundada em 2002, a Associação Brasileira da Música Independente é uma entidade sem fins lucrativos que atua como a voz das empresas brasileiras no mercado fonográfico. A ABMI tem como missão organizar, capacitar e desenvolver os produtores de conteúdo criativo musical, promovendo melhores resultados financeiros, oportunidades de negócios e o seu contínuo aprimoramento.

WIN apresenta RDx e fortalece bloco da América Latina

Durante a semana de carnaval o presidente da ABMI, Carlos Mills, viajou para a Inglaterra para a reunião que apresentou a nova diretoria e os planos de 2020 da WIN – Worldwide Independent Network, fórum global para indústria da música independente.

A nova diretoria – com mais mulheres entre seus membros – tratou do RDx (Repertoire Data Exchange), sistema de gestão de dados centralizados que vai oferecer informações de fonogramas para as sociedades de gestão coletiva de todo mundo. A ferramenta está sendo desenvolvida pela WIN em parceria com a IFPI, organização que cuida dos interesses das gravadoras multinacionais. O RDx vai permitir que gravadoras e arrecadadoras alimentem e acessem todas as informações a partir de um sistema de gestão de dados central.

Outro assunto abordado foi a inclusão de novos membros no bloco Latino-Americano de associações. Brasil, Argentina e Chile já têm suas entidades. Nesse ano Colômbia e o Peru estão à caminho de também criar organizações regionais com suporte da WIN.

Mills também participou de um encontro na Merlin, que anunciou sua nova diretoria e apresentou o novo CEO. Desde janeiro no cargo, Jeremy Sirota já trabalhou na divisão de música do Facebook e na Warner Music Group.

Merlin Anuncia Nova Diretoria e a Contratação de Jeremy Sirota como CEO

  • Jeremy Sirota trabalhava no licenciamento de repertório independente para o Facebook
  • A Merlin diversifica seu conselho de diretores, elegendo oito novos nomes vindos da Austrália, Brasil, Nigéria, Holanda, Estados Unidos e Coreia do Sul

A Merlin, maior agência de licenciamento de repertório independente do mundo, anunciou hoje a nomeação de Jeremy Sirota como o novo CEO da organização.

Jeremy Sirota, executivo amplamente respeitado e atuante no setor de música e tecnologia, tem um histórico comprovado em negociar parcerias comerciais complexas e estratégicas e em impulsionar a inovação digital nos negócios de música gravada. Baseado em Nova York e Londres, ele sucede a Charles Caldas, que atuou como CEO da Merlin desde a fundação da agência em 2007.

Sirota vem da equipe de música do Facebook, onde sua atuação foi fundamental para moldar a estratégia de música digital da empresa. Enquanto estava no Facebook, trabalhou para licenciar direitos de música de gravadoras e distribuidores independentes em todo o mundo, implementando recursos inovadores de música no Facebook, Instagram, Oculus e Messenger.

A equipe de gerenciamento sênior de Merlin é composta ainda por Charlie Lexton (CCO) e Helen Alexander (CFO), ambos sediados no Reino Unido, e Jim Mahoney (vice-presidente de operações globais), sediado nos EUA. Além da nomeação de Sirota, Dave Hansen assumirá uma nova função como diretor executivo.

Com a palavra, Jeremy Sirota: “_ Estou honrado por esta oportunidade de liderar a Merlin e servir independentes em todo o mundo. A equipe de executivos e funcionários de Merlin é amplamente respeitada nas comunidades de música e plataformas digitais; espero trabalhar em estreita colaboração com eles para escrever o próximo capítulo. Com o mercado de música digital potencialmente à beira de outra onda de mudança transformadora, é vital que os independentes continuem a ter uma organização que os represente e certifique-se que o valor de seu repertório seja respeitado, acompanhando o ritmo das inovações.”

Martin Mills, do Conselho Diretor da Merlin e fundador do selo Beggars: “_  Estou muito satisfeito por termos encontrado em Jeremy um executivo com profunda experiência no mundo da tecnologia e da música para aproveitar o trabalho excepcional que Charles Caldas vinha realizando. Ele tem todas as credenciais para ajudar a escrever o próximo capítulo de Merlin. Com nosso novo CEO, a equipe executiva certa e um conselho forte e recém eleito, Merlin continuará a prosperar e capacitar os independentes nesta nova década.”

A Merlin também está anunciando o resultado da eleição bienal do conselho, com 8 novos executivos ingressando de  um total de 15 membros.

Os novos membros do conselho eleito são: Alexandria Hock (Better Noise Music), Carlos Mills (Mills Records), Chan Kim (FLUXUS, Inc), Katie Alberts (Reach Records), Marie Clausen (Ninja Tune), Merida Sussex (Stolen Recordings), Michael Ugwu (Freeme Digital) and Pieter van Rijn (FUGA).

Para refletir a perspectiva global da organização, o conselho de Merlin é dividido em três blocos territoriais com igual representação dada à América do Norte, Europa e ROW. Seguindo ordem alfabética a partir do primeiro nome, o quadro Merlin é o seguinte:

América do Norte

  • Alexandria Hock, Better Noise Music (US)
  • Darius Van Arman, Secretly Group (US)
  • Justin West, Secret City Records (Canada)
  • Katie Alberts, Reach Records (US)
  • Marie Clausen, Ninja Tune (US)

Europa

  • Emmanuel De Buretel, Because Group (France)
  • Horst Weidenmueller, !K7 Records (Germany)
  • Martin Mills, Beggars Group (UK)
  • Michel Lambot, PIAS Group (Belgium)
  • Pieter van Rijn, FUGA (Netherlands)

ROW

  • Carlos Mills, Mills Records (Brazil)
  • Chan Kim, FLUXUS (South Korea)
  • Masahiro “Jack” Oishi, Danger Crue (Japan)
  • Merida Sussex, Stolen Recordings (Australia)
  • Michael Ugwu, Freeme Digital (Nigeria)

Conselho Consultivo:

  • Chris Maund (Mushroom Group)
  • Jason Peterson (Cinq Music)
  • Nando Luaces (Altafonte Network)
  • Paul Hitchman (AWAL)

Sobre a Merlin – A Merlin é a maior agência de licenciamento digital musical independente do mundo, com membros de mais de 60 países. A agência oferece para os serviços de música digital e para empresas de tecnologia os meios para licenciar com eficiência a música independente mais relevante e comercialmente mais bem-sucedida do mundo. Isso permite que os detentores de direitos independentes capitalizem as receitas geradas por esses serviços, garantindo também que o seu repertório seja adequadamente valorado.

A Merlin representa dezenas de milhares de gravadoras independentes, distribuidores e empresas de gerenciamento de artistas. Os membros representam mais de 15% do mercado global de música gravada. Desde sua fundação, a Merlin já repassou mais de US $ 2 bilhões a seus membros.

A Merlin tem sede em Londres e escritórios em Nova York e Tóquio.

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